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História da Extensão

HISTÓRIA DA EXTENSÃO

 

As primeiras experiências com a Extensão Acadêmica surgiram na Inglaterra, na segunda metade do século XIX vinculadas à idéia de educação continuada. Os cursos eram destinados não apenas às pessoas de baixa renda, mas a toda a população adulta que não se encontrava na universidade. O modelo de Extensão norte-americano surgiu anos depois do modelo europeu, sendo caracterizado pela prestação de serviços na área rural e urbana.

 

No Brasil, há indícios da prática da Extensão a partir de 1911, mas legalmente ela é registrada pela primeira vez em 1931, no Estatuto das Universidades. No início do século XX, o Brasil concentrava suas atividades de Extensão em cursos e conferências abertos ao público, baseados no modelo europeu de Extensão. Mas havia também atividades inspiradas no modelo norte-americano, sendo um bom exemplo a Extensão praticada na Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa, atual Universidade Federal de Viçosa. Nesta instituição, eram prestados serviços para a área rural na forma de assistência técnica aos agricultores.

 

Entre 1960 e 1964, jovens da União Nacional dos Estudantes (UNE) começaram a difundir a idéia de que as universidades deveriam estar atentas aos problemas das comunidades e a trabalhar em prol desse conceito.

 

Em 1968, a Extensão foi colocada em função da pesquisa e do ensino: “... as universidades e as instituições de ensino superior estenderão à comunidade, sob forma de cursos e serviços, as atividades de ensino e os resultados da pesquisa que lhe são inerentes” (Lei n°5.540. Art.20). O artigo 207 da Constituição Brasileira confirmou, posteriormente, essa união, quando dispôs que “as universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e Extensão". Assim, definiu-se que esses três pilares constituiriam as funções bases que sustentam o saber universitário e deveriam ser equivalentes, merecedores do mesmo tratamento por parte das instituições de ensino superior.

 

O debate sobre Extensão é prejudicado pela Ditadura Militar e somente na década de 1980, as discussões sobre a Extensão voltam a ganhar força e é em meados dessa década que é criado o Fórum de Pró-reitores de Extensão das Universidades Públicas do Brasil.